Os primeiros vinte minutos assustaram os bávaros. A blitz (para usar um termo alemão) amarela deixou os torcedores de cabelo em pé. Foram várias as chances e as bolas retomadas pela linha ofensiva do Dortmund, que pressionava e deixava o Bayern sem ação. Tanto que Neuer teve que trabalhar e começar a dissipar as desconfianças geradas por ele mesmo desde a decisão da temporada passada. Além disso, se refletiu no nervosismo de um dos principais jogadores do time, Ribéry, que chegou a acertar uma cotovelada (ou uma «braçada) em Lewandovski.

Aos poucos, o time de Munique equilibrou o jogo e com ele começou o drama de Arjen Robben. Afinal, foram dois gols perdidos só na primeira etapa. E, bradavam os cavaleiros do apocalipse, «amarelão» «pipoqueiro». Só poderia ser coisa que nunca viu um jogo de futebol na vida. Eles não aprendem. Afinal, o que mais o futebol não faz do que calar a boca dos videntes de plantão?

O segundo tempo começou mais a feição dos bávaros. Superioridade confirmada com o gol de Mandzukic numa linda jogada de Robben. Que, caso fosse o gol do título, já serviria para pagar um pouco da dívida do holandês.

Mas não. Dante teria que dar um gosto mais dramático à uma decisão já nervosa por si só ao fazer um pênalti infantil que deve ter deixado ouriçados os bigodes de Felipão.

O jogo ficou mais tenso. Com os dois times já se preparando para uma prorrogação. O Bayern ainda tentou. E perdeu gols. E teve a sombra do Chelsea de novo o ameaçando.

E, praticamente no mesmo minuto que Drogba empatou o jogo há um ano, coube a ele, o jogador que perdeu pênalti, gol em final de Copa do Mundo, selar o destino do Bayern. Num gol que misturou frieza e categoria, depois de um passe de calcanhar de Ribéry, aquele que estava nervoso.

Se algum escritor escrevesse sobre esse jogo antes diriam que ele estaria muito óbvio. Pois, Robben seria o herói provável. E ele foi. Por mais incrível que possa parecer.

Bayern campeão. Entregando a Pep Guardiola um time incrível, vitorioso. Resta a ele manter a hegemonia que se apresenta.

FICHA TÉCNICA:

Local: Wembley, em Londres (Inglaterra)
Data: 25 de maio de 2013, sábado
Horário: 15h45 (de Brasília)
Árbitro: Nicola Rizzoli (Itália)
Assistentes: Renato Faverani e Andrea Stefani (ambos da Itália)
Cartões amarelos: Grosskreutz (Borussia). Dante e Ribery (Bayern)
GOLS: BORUSSIA: Gundogan, aos 23 minutos do segundo tempo
BAYERN: Mandzukic, aos 15, e Robben, aos 44 minutos do segundo tempo

BORUSSIA: Weidenfeller; Piszczek, Subotic, Hummels e Schmelzer; Gundogan, Bender (Sahin) e Grosskreutz; Blaszczykowski (Schieber), Reus e Lewandowski
Técnico: Jurgen Klopp

BAYERN: Neuer; Lahm, Boateng, Dante e Alaba; Schweinsteiger, Javi Martínez, Ribery (Luiz Gustavo), Robben e Muller; Mandzukic (Mário Gomez)
Técnico: Jupp Heynckes

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